Aramco corta produção e mira na transição energética

Nova meta da produção fica abaixo da anunciada em 2020

NEGÓCIOS

Redação

2/12/20241 min read

(Foto: Reprodução)

A Arábia Saudita decidiu interromper seus planos de aumentar sua produção de petróleo devido à transição energética. O ministro da Energia, príncipe Abdulaziz bin Salman Al Saud, afirmou na segunda-feira (12) que o reino tem capacidade ociosa suficiente para ajudar o mercado petrolífero em situações de conflito ou desastres naturais.

Em 30 de janeiro, o governo saudita instruiu a Saudi Aramco, a empresa estatal de petróleo, a suspender seus planos de expansão e focar em uma produção máxima sustentável de 12 milhões de barris por dia (bpd). Essa nova meta é 1 milhão de bpd menor do que a anunciada em 2020, prevista para ser alcançada até 2027.

O príncipe Abdulaziz bin Salman explicou que o adiamento desse investimento se deve à transição energética em curso. Ele mencionou que a Aramco tem outros investimentos em petróleo, gás, petroquímica e energias renováveis.

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A Arábia Saudita planeja se tornar carbono zero até 2060, enquanto a Saudi Aramco visa emissões líquidas zero de suas operações até 2050.

Mesmo com o atual corte na produção decidido pelo grupo de países aliados da OPEP+, a produção de petróleo saudita está cerca de 3 milhões de bpd abaixo de sua capacidade máxima sustentável de 12 milhões de bpd. No entanto, o reino possui a maior capacidade não utilizada do mundo.

Tanto o príncipe Abdulaziz quanto o presidente-executivo da Aramco, Amin Nasser, esperam um aumento na demanda por petróleo nos próximos anos. A procura atingiu um recorde de mais de 102 milhões de bpd no ano passado, segundo dados da OPEP.

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