Governo quer aumentar arrecadação, mas não quer cortar gastos
Governo pretende enviar novas medidas de arrecadação ao Congresso, mas cortar gastos não parece perto
ECONOMIA
Redação
12/4/20231 min read


(DCM)
O governo brasileiro está buscando aprovar medidas no Congresso para
aumentar a arrecadação, visando atingir a meta de zerar o déficit nas contas
públicas em 2024. No entanto, há preocupações sobre a possibilidade de não
conseguir os R$ 168,5 bilhões necessários para atingir essa meta no próximo
ano.
Algumas das medidas em discussão incluem a reforma tributária na
Câmara dos Deputados, uma medida provisória que altera as regras de
tributação dos benefícios fiscais de ICMS (Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços) e a possibilidade de inserir o fim dos Juros Sobre
Capital Próprio (JCP) em uma medida provisória sobre subvenções.
No Senado, a prioridade é aprovar um projeto de lei que taxa as apostas
esportivas online, conhecidas como “bets”. O ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, expressou otimismo em relação à aprovação dessas medidas, mas
também indicou a possibilidade de enviar novas propostas ao Legislativo se
necessário.
Especialistas e analistas políticos expressaram preocupações sobre a
capacidade do governo de atingir a meta de déficit zero em 2024 apenas por
meio do aumento da arrecadação, sem sinalizar cortes de gastos. Há críticas
sobre a falta de um controle efetivo de despesas e a dependência excessiva da
arrecadação, considerando a elevada carga tributária do país.
O cenário político, com o governo enfrentando desafios nas relações com o
Congresso, também é destacado como um fator que pode influenciar a
aprovação dessas medidas. Ainda, há a preocupação com a capacidade do
governo de cumprir suas metas fiscais diante das demandas e concessões
necessárias para garantir o apoio político no Congresso.
Antes do recesso parlamentar, o Congresso ainda precisa analisar o relatório
da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e os vetos presidenciais,
adicionando mais desafios ao cenário político e econômico do país.