Lei que cria debêntures de infraestrutura é sancionada

Lei cria incentivos fiscais para captar recursos pro setor

NEGÓCIOS

Redação

1/9/20242 min read

(Foto: Reprodução)

Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu luz verde para uma nova lei (Lei nº 14.801/2023) sem nenhum "veto" - tipo, sem cortar partes dela. Essa lei traz uma novidade chamada debêntures de infraestrutura, que são basicamente títulos de dívida emitidos por empresas que exploram serviços públicos, como concessionárias e autorizadas. Ah, ela também dá uma repaginada nas regras dos fundos de investimento nesse setor.

A ideia aqui é dar um empurrãozinho fiscal para atrair grana privada para investir em infraestrutura. Essas debêntures são um tipo de investimento, e elas têm um benefício especial para as empresas que emitem - tipo um "agrado" na hora de pagar impostos, com uma redução na base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). E isso acontece depois de abater as despesas financeiras, representando 30% dos juros pagos aos detentores dos títulos.

Do lado do investidor, o imposto de renda é calculado de acordo com o prazo do investimento, uma espécie de tabela regressiva que começa em 22,5% para investimentos de até 180 dias e vai diminuindo conforme o tempo passa. Os estrangeiros têm uma alíquota específica de 15%, podendo chegar a 25% se o país deles não for muito amigo do Brasil em termos tributários.

As debêntures são meio como empréstimos que empresas pegam no mercado e que podem ser comprados por pessoas ou empresas. Quem investe ganha uma remuneração com juros e correção monetária até o pagamento total do título.

O dinheiro que essas debêntures vão arrecadar tem um destino específico: precisa ser usado em projetos importantes, principalmente aqueles que envolvem muita pesquisa, desenvolvimento e inovação. Elas têm uma validade até 31 de dezembro de 2030, e o projeto traz algumas mudanças nas leis dos fundos de investimento nesse setor.

A lista de áreas onde o dinheiro pode ser aplicado será definida por um regulamento, e os títulos podem até ter cláusulas que variam de acordo com a taxa cambial. Eles podem ser emitidos por empresas que têm controle direto ou indireto sobre as concessionárias.

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Os critérios para escolher quais projetos são mais importantes vão ser definidos por esse mesmo regulamento, que pode até incentivar iniciativas que tragam benefícios ambientais ou sociais, com tratamento preferencial e acompanhamento através de declarações do responsável pelo projeto.

A expectativa é que essa lei tenha um impacto direto no desenvolvimento do país, estimulando investimentos em infraestrutura, como construção de ferrovias, duplicação de rodovias e melhorias em estradas rurais, além de integrar diferentes modos de transporte.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), já destacou essa medida como uma forma de impulsionar as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que é uma das grandes apostas do governo para 2024. Resumindo, é como se essa lei fosse uma peça-chave para colocar o Brasil na rota do crescimento.

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