Lula afirma que Brasil não vai ser membro efetivo da Opep
“Não tem nenhuma contradição, o Brasil não será membro efetivo da Opep nunca, agora o que nós queremos é influir”, disse Lula em entrevista coletiva em Dubai
ECONOMIA
Redação
12/4/20231 min read


(EPBR)
O presidente Luiz Lula afirmou que o Brasil não será um membro efetivo da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), mas defendeu a
participação do país na Opep+, um grupo ampliado que inclui observadores.
Lula destacou que o Brasil poderia participar como observador na Opep+,
similar ao status do país no G7.
Apesar de reconhecer a necessidade de diminuir o uso de combustíveis fósseis,
Lula enfatizou a importância de criar alternativas e mencionou que a
participação do Brasil na Opep+ pode influenciar países produtores de
petróleo a destinarem recursos para ajudar nações mais pobres da África,
América e Ásia.
O convite para o Brasil ingressar na Opep+ foi anunciado recentemente pelo
ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Lula expressou apoio à
participação do Brasil no grupo como uma oportunidade para influenciar a
transição energética e promover a destinação de recursos para ajudar países
em desenvolvimento.
Durante a entrevista, Lula também comentou sobre a possibilidade de a
Petrobras criar uma subsidiária no Oriente Médio, afirmando que não tinha
informações sobre o assunto e sugerindo que essa pergunta deveria ser
direcionada ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Opep e Opep+, O que são?
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP ou, pelo seu nome em
inglês, OPEC) é uma Organização Governamental de 13 nações, fundada em
15 de setembro de 1960 em Bagdá pelos cinco membros fundadores (Irã,
Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela), com sede desde 1965 em Viena,
na Áustria.
Já a Opep+ é a extensão da entidade fundamental para definir os rumos do
preço da commodity. Entre os membros permanentes, além dos sauditas,
figuram Irã, Iraque, Nigéria, Gabão e Venezuela.